4 de setembro de 2011

Filhos do Vida Nova. Focos do Amália. Histórias de um futuro brilhante!






Hoje, descer para a Comunidade Jardim Amália e deixar os meninos (Carlinhos, Israel, Wendel, Vitória, Pierre e Lindomar) foi como rever a história de cada um deles, incrível! Encontrei o André, um dos protagonistas do Curta ''Forgiveness'' feito pela Ocifina de Cinema e numa conversa pequena descobri que ele está trabalhando no Banco como Jovem Aprendiz. Um mulequinho de 15 anos já está descobrindo o que é morar numa Comunidade cheia de más influencias e ao mesmo tempo escolher ter uma vida digna, honesta e diferente de muitos de lá. Hoje eu contei histórias, pedi que elas desenhassem o que havia na casa delas. Seus pais, suas coisas, seu quarto, as plantinhas, o sofá, e tudo que poderia encontrar lá. Vi plantinhas, vi panelas, vi cidades, pracinhas, carrinhos, bonecas, pessoas, felicidade em forma de desenho. Felicidade de dentro, alegria do pouco de cada uma delas. Cheias de intensidade, cheias de talento, futuro bem ali na minha frente. Fitei o olhar nelas. Enquanto as maes se encontravam no atendimento do Mutirao da Solidariedade segurei-as por um tempo. Parei para ouvi-las, observei qualquer movimento, percebi. Foi chegando a noitinha e um sorriso enorme me pedia um chocolate: Carlinhos. A tao doce figura e inimaginável, só quem o conhece pra notar tanta beleza. Retribui com um abraço, porque nada que custasse dinheiro comprava aquele sorriso. Vitor, grande. Tefinha, prestativa, crescida mentalmente, crescida no coraçao. Carol pretinha cheia de nostalgia. Kiko, persistente. Tudo isso eu percebi. Depois de noitinha, depois que desci na Comunidade Jardim Amália. Uma sensaçao dentro de mim que eu faço pouco, é preciso fazer tanto por eles... É um sentimento inexplicável que se resume em orgulho e admiraçao que eu sinto por essas crianças. Focos da Amália. Filhos do Vida nova. Histórias de um futuro brilhante!

5 de junho de 2011

Imaginacao, Criatividade e Fotografia

Em meio a trancos e barrancos, as atividades da Oficina de Cinema do Projeto Vida Nova voltaram hoje por volta da Uma e meia da tarde. A atividade foi passada pelos voluntários: Rodrigo (Carioca), Danizinha e Samuel. Com o intuito de aprender mais sobre a Historia da Fotografia e sua aplicacao pratica nos dias de hoje, as nossas crioncas puderam produzir com a construcao de uma Camera Escura. Que mais tarde desenvolverão com a técnica de pinhole uma camera de verdade, com direito a captacao de imagem, revelação e tudo. Vale a pena dar uma olhada nas fotos! Em breve teremos mais production! Aguardem!









27 de outubro de 2009

A alma do artista...

A Oficina de cinema do Projeto Vida Nova atravessa um ótimo momento, e no próximo domingo gravará o primeiro curta-metragem. A correria com os preparativos para a produção impediram que atualizássemos esse blog. Peço desculpas aos que nos acompanham.

Mas em meio à correria, um fato chamou a atenção dos voluntários do projeto, ou melhor, não é um fato, e sim, uma pessoa, chamada Joel.

Joel é adolescente da comunidade do Jd. Amália e frequenta o Projeto Vida Nova já ha alguns anos. O que poucos sabiam é que esse jovem é um grande artista, com inúmeros poemas e sonetos escritos, os quais nunca haviam sido lidos por ninguém, a não ser pelo próprio autor. Diante dessa descoberta, com a autorização do Joel, publicaremos algumas de suas obras nesse blog, pois achamos justo que todos tenham acesso a essas preciosidades.

De tempos em tempos postaremos algumas de suas produções, e de outros artistas que descobrirmos na comunidade do Jd. Amália, e pretendemos criar um espaço específico no Blog para esse fim.

Segue algumas de suas obras:


Adeus forçado

A dor de uma perda
A lagrima que vai sem destino
A vida que não tem mais sentido
O coração que não tem mais batida

O sangue que petrifica nas veias
As mãos que congelam e se tornam gelo
O ar que para de circular pelo corpo
A voz que fica abafada

Um grito de socorro
Que não se ouve
POis o amor de sua vida está morto

Um consolo
Para essa alma que sofre pelos horrores
Pois perdeu alguém querido que faz falta em instantes


Triste espera

Hoje a vejo
Sozinha parece esperar
Alguém que passa no seu pensamento
Alguém que faz parte de sua vida

Você não inspira mais felicidade
Parece estar desamparada
E tudo se esavai com o tempo e com a morte
Nada se equilibra em sua vida que parece errada

Você tinha tudo para ser feliz
E viu isso se perder
O eterno ter fim

Mas nada irá mudar
O fato de você esperar alguém
Que um dia você poderá amar

31 de agosto de 2009

Ventura

Em uma reunião com o MIS (Museu de Imagem e Som de São Paulo), na pessoa do simpático Edwin Perez, ouvimos a frase “as crianças entenderão que todas as peças da engrenagem de um filme são importantes”. Este assunto, com certeza, merece um post a parte, mas escrevo aqui por outro motivo. Algumas horas depois, pensando sobre a conversa, lembrei de outra engrenagem, aquela que move a Oficina de Audiovisual; nós, as peças que tentam (de vez em quando, com sucesso) mover a oficina laranja do Projeto Vida Nova.

Sempre ensaiei escrever sobre esta questão, mas o medo de soar piegas, falso ou político (ok, estes dois quase sempre se misturam), sempre me tirava a vontade de colocar no papel. Sem falar que já escrevi, nos primórdios deste blog, muita coisa sobre o nosso início. Mas o ponto aqui é outro: é sobre Deus – ou, se preferir, a sorte – juntando tantas pessoas especiais de diversas áreas, buscando o mesmo objetivo.

Completamos dois anos neste mês de setembro e seria um erro se esquecer de algum nome que passou por ali (foram muitos) e, por algum motivo justo, saiu, porque todos foram importantes. Porém me cedo o direito de citar os que, hoje, continuam na luta por melhores oportunidades àqueles alunos.

Um matemático que, quase por princípio, evita qualquer risco, com excelentes questionamentos sobre qualquer atividade, projeto ou ideia. Um arquiteto com um grande sonho de dirigir um filme que namora uma designer (e arquiteta) animal. Uma psicóloga que conhece cada criança. Um advogado sempre atento ao que pode (ou não) ser realizado, que tem uma irmã se formando em Meio Ambiente, e namora uma jornalista excepcional. Temos até uma chef com um bom gosto para filmes que é, sem dúvida alguma, o maior exemplo de um bom voluntário. E o círculo aumenta, porque esta conhece um amigo que trabalha na rede Record – que tem um primo diretor de teatro – e uma amiga formada em Rádio e TV que mora em Guarulhos (!). Uma amiga professora de educação física com exercícios de relaxamento (se você conhece nossas crianças, sabe que isso é necessário), que conhece na academia a atriz mais fofa do mundo, que hoje é professora de teatro aos domingos. Uma voluntária que acaba de entrar para o departamento de pedagogia na universidade que estuda. E, por último, mas nada menos importante, um vizinho cheio de boa vontade e muito presente que tem a mãe mais absurda de São Paulo. Sorte? Não. Benção Divina. Pura e simplesmente.

E só cito uma característica de alguns ali, por respeito ao blog – que já tem posts enormes demais. Mas cada detalhe é essencial. Às vezes viajo durante alguma reunião, ouvindo as (quase sempre saudáveis) discussões, pensando o quanto estas pessoas são importantes para o projeto – e, claro, assumindo o tom pessoal deste post, para mim também. É a engrenagem da oficina. São as peças deste tabuleiro. Os ingredientes bem selecionados de uma receita que, humanos que somos, nem sempre sai do melhor jeito.

Por aqui, sempre citamos a importância dos nossos alunos, mas hoje é dia de agradecer a Deus por todos os voluntários que colaboram e colaboraram de forma única e de igual importância nesta Oficina de Audiovisual.

Que todos os nossos sonhos se realizem de acordo com a vontade de Deus.

21 de agosto de 2009

CASO DE DISCIPLINA, Um Olhar Mais Otimista.

Estar perto do outro sem machucá-lo com palavras agressivas, respeitar seu espaço, não invadir, não duvidar, não desconfiar do outro. Ideais e valores que para alguns são de extrema importância, mesmo que seja a longo prazo. No entanto, por mais bonitos que sejam, parecem não ter grande importância para algumas crianças que participam da Oficina de Audiovisual do Projeto Vida Nova. Assim são elas, um pouco desinteressadas, talvez por falta de amor em casa, indiferença, falta de incentivo, entre outras razões que os voluntários chamariam de ''Caso de Disciplina'', um ''Problema Psicopedagógico'', ou mesmo um momento difícil de falta de interesse e de respeito com elas próprias.

Relatando o que ocorreu no último domingo na aula de teatro da Tia Karina Barum prefiro não entrar muito em detalhes. Com poucas palavras você, leitor, já deve entender. Sendo assim, o que não se pode comprar nessa vida é o conhecimento, a sabedoria que para alguém é dado e de alguém é passado. Nós, voluntários, se pudéssemos fazer algo pela disciplina dessas crianças, faríamos com certeza. Mas como não somos profissionais do ramo, buscamos ensiná-las com amor, com tempo, com o nosso tempo, com horas da noite acordados, horas de dedicação e muito raciocínio lógico. Nos dedicamos com idéias artísticas, com olhares pacientes, mesmo que através de uma câmera fotográfica, com muita arte, com boas maneiras, com orientações mais severas quando preciso, com amor pela natureza, pela boa alimentação, pela vida saudável, tentamos ajudá-las com individuais qualidades. Temos consciência que, infelizmente, nem sempre não é o nosso tudo, não é o nosso melhor! Sempre pensamos "está faltando alguma coisa".

Se elas não nos ajudam, não cooperam, tudo isso será em vão? E elas? Sem o conhecimento, sem sabedoria, sem amor e sem nada. O que queremos dar a elas sem ter nada em troca, a não ser o resultado de ver essas crianças mais felizes, mais certas de um futuro melhor, sem que a deixem manipulá-las com idéias que não são delas. Contudo algumas delas também procuram alguma solução. Uma delas, a Aninha, tenta falar por todas elas uma possível solução para essa fase de''Caso de disciplina''.

Abaixo o depoimento da Aninha:

1. Respeitar os amigos
2. Escutar um ao outro
3. Ouvir o que o amigo tem pra falar
4. Não falar mal do amigo

Vida Nova: É importante nos ensinar. Coisas que no futuro vamos usar muito, o respeito com os outros, que estão ao seu redor, aprender a se enchergar e não olhar os defeitos das pessoas, e ficar falando mal dessa pessoa , ouvir a verdade, aprender se está errado ou certo, saber que quando alguém te falar alguma coisa que não quer o bem só pra si mesmo, mas o que se
planta colhe. Você tem que se mostrar melhor para si mesmo e aprender a respeitar com todo o seu redor a ter respeito''. Ass: Anjo da Guarda.




Texto: Daniella Sampaio, voluntária da Oficina de Audiovisual, e Aninha, aluna da Oficina.
Fotos: Daniella Sampaio