31 de agosto de 2009

Ventura

Em uma reunião com o MIS (Museu de Imagem e Som de São Paulo), na pessoa do simpático Edwin Perez, ouvimos a frase “as crianças entenderão que todas as peças da engrenagem de um filme são importantes”. Este assunto, com certeza, merece um post a parte, mas escrevo aqui por outro motivo. Algumas horas depois, pensando sobre a conversa, lembrei de outra engrenagem, aquela que move a Oficina de Audiovisual; nós, as peças que tentam (de vez em quando, com sucesso) mover a oficina laranja do Projeto Vida Nova.

Sempre ensaiei escrever sobre esta questão, mas o medo de soar piegas, falso ou político (ok, estes dois quase sempre se misturam), sempre me tirava a vontade de colocar no papel. Sem falar que já escrevi, nos primórdios deste blog, muita coisa sobre o nosso início. Mas o ponto aqui é outro: é sobre Deus – ou, se preferir, a sorte – juntando tantas pessoas especiais de diversas áreas, buscando o mesmo objetivo.

Completamos dois anos neste mês de setembro e seria um erro se esquecer de algum nome que passou por ali (foram muitos) e, por algum motivo justo, saiu, porque todos foram importantes. Porém me cedo o direito de citar os que, hoje, continuam na luta por melhores oportunidades àqueles alunos.

Um matemático que, quase por princípio, evita qualquer risco, com excelentes questionamentos sobre qualquer atividade, projeto ou ideia. Um arquiteto com um grande sonho de dirigir um filme que namora uma designer (e arquiteta) animal. Uma psicóloga que conhece cada criança. Um advogado sempre atento ao que pode (ou não) ser realizado, que tem uma irmã se formando em Meio Ambiente, e namora uma jornalista excepcional. Temos até uma chef com um bom gosto para filmes que é, sem dúvida alguma, o maior exemplo de um bom voluntário. E o círculo aumenta, porque esta conhece um amigo que trabalha na rede Record – que tem um primo diretor de teatro – e uma amiga formada em Rádio e TV que mora em Guarulhos (!). Uma amiga professora de educação física com exercícios de relaxamento (se você conhece nossas crianças, sabe que isso é necessário), que conhece na academia a atriz mais fofa do mundo, que hoje é professora de teatro aos domingos. Uma voluntária que acaba de entrar para o departamento de pedagogia na universidade que estuda. E, por último, mas nada menos importante, um vizinho cheio de boa vontade e muito presente que tem a mãe mais absurda de São Paulo. Sorte? Não. Benção Divina. Pura e simplesmente.

E só cito uma característica de alguns ali, por respeito ao blog – que já tem posts enormes demais. Mas cada detalhe é essencial. Às vezes viajo durante alguma reunião, ouvindo as (quase sempre saudáveis) discussões, pensando o quanto estas pessoas são importantes para o projeto – e, claro, assumindo o tom pessoal deste post, para mim também. É a engrenagem da oficina. São as peças deste tabuleiro. Os ingredientes bem selecionados de uma receita que, humanos que somos, nem sempre sai do melhor jeito.

Por aqui, sempre citamos a importância dos nossos alunos, mas hoje é dia de agradecer a Deus por todos os voluntários que colaboram e colaboraram de forma única e de igual importância nesta Oficina de Audiovisual.

Que todos os nossos sonhos se realizem de acordo com a vontade de Deus.

2 comentários:

Pam disse...

a arquiteta não seria por acaso designer? =P onde fica o suado CREA da pobre coitada da moça? hahahah

e que venha o MIS, que venha o curta, que venha o Amália.

Love vocês.

Lírio Amarelo disse...

que coisa bonita de se ler...
obrigada pelas palavras...