6 de março de 2008

1º de março, primeiro dia na ONG em 2008

Depois dessas férias, de certa forma, inúteis para a oficina, já que os organizadores estiveram alguns envolvidos em viagens, outros em procurar casa pra morar (o que vos fala, por exemplo) e o resto ficou incomunicável, voltamos, enfim, para as atividades. Animados, é claro. Alguns alunos internos estiveram presentes em uma reunião durante a última semana de fevereiro e tivemos outras realizadas com a coordenação, e isso serviu, no mínimo, para nos dar ânimo.

Na última conversa que tivemos com os voluntários novos foi definido que o primeiro dia teríamos uma "entrevista" com cada criança do projeto. Tarefa criada (e que seria apresentada) pelo Wesley Modro. Na correria da semana, acabamos por esquecer que se a conversa seria com cada criança, individualmente, precisaríamos, então, de uma segunda atividade para aqueles que estivessem esperando. Então, lembrei de um capítulo do "Manual do Roteiro" onde o autor Syd Field, guru dos roteiristas para alguns, conta que em uma de suas aulas de roteiro fez uma dinâmica bem interessante.

A dinâmica é simples: com apenas um dado do personagem principal, montaríamos junto com os alunos uma história. Simples, mas com certa coerência. Então, comecei. "Temos uma criança em São Paulo". Pronto, a trama (se é que posso tratar assim) é trabalhada em cima disso. Já deve estar pensando que era uma tarefa muito difícil para as crianças. Mas não, ainda bem. O resultado serviu, no mínimo, para perceber o interesse de muitos ali por esse lado. Todos ajudaram, alguns mais outros menos, a contar a vida de Alex (nome sugerido por todos). Um aluno especificamente chamou a minha atenção (e, no final, percebi que não havia sido só a minha). Mas além deste, outros 5 ou 6 também ajudaram muito na primeira noção de roteiro da oficina.

Quanto a dinâmica do Wesley, não foi possível chegar ao fim, já que tínhamos pouco tempo. Mas isso era previsto, já que a média de tempo/aluno era de 10 minutos. E a nossa oficina no sábado só funciona por 1h30min. Isso o próprio Wesley, também do CinemaFranco, escreverá aqui, assim que forem realizadas todas as entrevistas.

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