6 de março de 2008

Obrigado, Cinema Com Rapadura








Quando criança, eu era louco para ser crítico ou diretor de cinema. Criança digo desde os 12 anos, vai (até admito que pagava pau para o Rubens Ewald Filho que hoje, até respeito o conhecimento, mas como crítico e cineasta ele é um ótimo...cinéfilo?) A coisa ficou mais séria quando comecei a ler a
SET, revista que me acompanha desde pequeno. Acabei, então, por conta da revista principalmente, me interessando mais pela primeira opção, pois sempre apreciei as críticas da revista, com destaque para as do Sadovsky e do Rodrigo Salem.

De lá pra cá, muita coisa mudou. Vi que essa área, profissionalmente falando, era meio arriscada. Ainda mais para um mocinho que morava em Ituiutaba, região do triângulo mineiro. Conhece algum crítico de lá? E cineasta? Não? Como assim? Ok, nem eu. Então descartei para meu futuro o jornalismo e o cinema. Foi quando conheci o computador mais a fundo e acabei vendo que não seria má idéia passar o resto da vida em frente a uma tela, menor e menos emocionante, mas ainda era uma tela. Além do mais era uma coisa mais... real, vamos colocar assim.

Calma, não vou fazer uma auto-biografia enorme. Vou pular a parte da Bahia, a de BH, as minhas expulsões, meus cachorros e o início da minha vida em São Paulo. Até porque o objetivo aqui é outro, o que você percebe pelo título.

O Cinema Com Rapadura

Trabalhando com computação, aproveitei para, sempre que sobrava um tempinho, butucar algum sites de cinema. Omelete, CinemaEmCena, alguns sites americanos e, lógico, o CinemaComRapadura. Este site cearense era o que mais me chamava a atenção. Nunca parei pra pensar porquê (isso, necessariamente, não significa que não tenha motivo, apenas não parei pra pensar nele). Até que um dia, no ano passado, O CCR informou que iria abrir vagas para colaboradores. Como eu tinha um Multiply onde já colocava minhas viagens "epifanescas", outras de música e, principalmente, cinema, enviei o link junto à algumas outras informações que pediam para enviar. Para a minha felicidade, acabei entrando.

Diego, o editor, teve trabalho comigo. Eu não sabia de regra alguma de publicação e demorei algumas muitas semanas para aprender. Na verdade, até hoje não sei muito disso. Agora, poucos meses depois, com o meu maior envolvimento na Oficina de Cinema, acabo decidindo sair. Ainda tentei enrolar um pouco por algum tempo, mas prejudiquei a equipe, principalmente o editor. Com essa fase de correr atrás de patrocínio, recursos e voluntários para oficina é impossível conseguir pensar em outra coisa, isso que já tenho trabalho e faculdade para pensar.

Não quero superestimar minha participação no site. Mas é incível o quanto aprendi. O quanto hoje entendo mais daquilo que gosto. Lógico, isso devo a SET e aos livros que venho lendo também, mas é inegável o prazer que tinha de ver meu nome na parte da equipe de um site de cinema como co-redator. Grande coisa e até diria que passei desapercebido em meio a alguns ali muito bons. Nem crítica eu cheguei a fazer. Fiquei apenas nas notícias.


Ainda escrevi umas duas matérias para a parte "Zoeira" (a "Ilustrada" da Folha) do jornal "Diário do Nordeste", o que me deixou bem feliz. Mas queria agradecer "blogamente", mesmo com os ainda poucos visitantes do CinemaFranco, ao CCR pela oportunidade. Diego, Laís, Jurandir e todos os outros da equipe. Diego, desculpa pelos atrasos no relatório. Laís, acho que iremos ainda nos ver esse semestre ;). Não fiz grandes amizades, nem tive grandes momentos. Eu considerava grandes momentos as matéria que iam para a parte de destaque do site.

Só queria deixar aqui gravado o quão foi interessante a época que passei lá. Saio com a vontade de, quem sabe um dia, aparecer ali na parte de matérias, não como redator, mas como notícia. Sonhozinho besta, mas bem interessante, vai...

Um grande abraço a todos do CCR e, novamente, muito obrigado.

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